A empresa rejeita qualquer responsabilidade e garante que fez mais manutenção do que a lei exige à ponte que desabou esta terça-feira.
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O ministro italiano do Interior assegura que a concessionária da ponte de Génova vai ser responsabilizada pela tragédia que fez pelo menos 39 mortos, de acordo com a câmara de Génova. Em declarações aos jornalistas, Matteo Salvini garantiu que a Autoestradas de Itália "vai pagar pela tragédia".
"Aquela ponte era controlada por uma sociedade privada que, evidentemente, não fez o que devia. Portanto, revogar a concessão, aplicar a multa o mais alta possível, fazê-la pagar civil e penalmente, por estes mortos e feridos é o mínimo", defendeu.
As declarações do ministro do Interior surgiram depois de o ministro dos Transportes ter exigido a demissão dos responsáveis da empresa. Numa mensagem na rede social Facebook, Danilo Toninelli escreve que quem tem culpas nesta tragédia injustificável, tem que ser punido e, para começar, os gestores da concessionária devem demitir-se.
Toninelli acrescenta ainda que, perante graves incumprimentos, está em marcha o processo necessário para retirar a licença de exploração da ponte. Se a empresa gestora não toma medidas, vai ser o Estado a fazê-lo, garante o ministro.
A concessionária já reagiu, garantindo que tem vigiado a ponte de Génova a cada três meses, tal como a lei exige. Em comunicado, a Autoestradas de Itália afirma mesmo que têm sido feitas verificações adicionais, com recurso a equipamento sofisticado e a peritos externos e nem assim foi detetado qualquer sinal de problemas.