O Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês confirmou hoje a morte de uma jornalista nipónica na segunda-feira, quando fazia a cobertura dos confrontos na cidade síria de Aleppo.
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«Tivemos a confirmação de que se tratava de Mika Yamamoto», de 45 anos, disse à agência AFP um responsável do Ministério.
A jornalista trabalhava para a Japan Press, uma agência noticiosa japonesa, desde 1995 e já tinha feito a cobertura de vários conflitos armados, designadamente no Afeganistão, no final de 2011, e no Iraque, em 2003, segundo o portal da agência.
Um colega que viajava com Yamamoto identificou o seu corpo, acrescentou a mesma fonte.
«Ela trabalhava em Aleppo, no norte da Síria, quando foi atingida durante um tiroteio», explicou o responsável do Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês.
As primeiras informações sobre a morte desta jornalista partiram dos rebeldes sírios citados pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), segundo as quais a repórter foi gravemente ferida quando fazia a cobertura dos confrontos num bairro de Alepo e morreu no hospital.
Um vídeo divulgado pelo Youtube mostra o corpo de uma mulher deitada numa sala, que é apresentado como sendo o da jornalista japonesa morta pelas milícias pró-regime sírio.
A mulher tem uma parte do braço direito com ferimentos e ao seu lado está um homem que parece reclamar a ajuda de um médico.
Um empregado de um hotel da cidade turca de Kilis, perto da fronteira síria, disse, citado pela agência japonesa Kyodo, que dois japoneses - um homem e uma mulher - deixaram a unidade hoteleira na segunda-feira de manhã, dizendo que iam para a Síria, e que deixaram as suas coisas no hotel.
Yamamoto foi a quarta jornalista estrangeira a ser morta na Síria desde março do ano passado.
O francês Gilles Jacquier foi morto a 11 de janeiro em Homs, onde também a jornalista norte-americana Marie Colvin e o fotógrafo francês morreram a 22 de fevereiro.