Sec. de Estado das Comunidades lembra a importância de se conseguir contactar os portugueses que se encontrem nas zonas afetadas pelo furacão e apela à ajuda de familiares e amigos nesses contactos.
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* Notícia atualizada à 01h00 , 9 setembor, com declarações do secretário de Estado
A Força Aérea Portuguesa poderá ser mobilizada, em caso de necessidade, para apoiar os portugueses que estão nas Caraíbas, nas ilhas afetadas pelo furacão Irma. A garantia foi dada esta sexta-feira pelo secretário de Estado das Comunidades em declarações à TSF.
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Em declarações à agência Lusa, José Luís Carneiro renovou o apelo a "todos aqueles que tenham familiares, amigos ou conhecidos" em São Bartolomeu (Saint Barthélemy), em São Martinho (Saint Martin), ou em alguma das ilhas afetadas pelo furacão Irma que entrem em contacto com os serviços de emergência consulares.
O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas indicou que está a ser feito um "trabalho de identificação de pessoas que se encontrem nessas ilhas e que careçam de apoio, tendo em vista, por um lado verificar se pretendem ficar na ilha, ou se, nas próximas horas, nos próximos dias, pretendem sair".
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Neste momento, reforçou José Luís Carneiro, a maior ajuda que pode ser oferecida aos portugueses que se encontram no local mais afetado pelo furacão no Atlântico de maior intensidade registada até à data é, antes de mais, que "todos aqueles que conheçam pessoas que estejam a trabalhar ou que estejam em turismo nesta região façam o contacto com o gabinete de emergência consular, criando condições para que se possa entrar em contacto com essas pessoas".
Esta informação é considerada da maior importância, por forma a que possa ser comunicada às entidades da União Europeia, que estão em articulação com as autoridades portuguesas com vista a, "não apenas poder ser garantido o fornecimento de bens essenciais, como também, e em caso de necessidade, poder ser preparado o transporte das pessoas em direção a países ou a regiões mais seguros ou, eventualmente, o próprio regresso a Portugal", acrescentou.
O Governo não consegue avançar o número concreto de portugueses a residir nas Antilhas Francesas e Holandesas, a região mais afetada pela passagem do Irma, para além daqueles que estão inscritos nos serviços consulares.
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O governante está também apreensivo em relação às réplicas esperadas pelos furacões que seguem o rasto do Irma, nomeadamente o furacão José, mas também o Katia, pelo que sublinha que "os cuidados que são recomendados pelas autoridades locais e pelas autoridades de proteção civil devem ser escrupulosamente cumpridos por parte dos cidadãos".
"Importa, finalmente, transmitir" , fez ainda questão de declarar José Luís Carneiro, "que todos os esforços que é possível desenvolver nesta fase estão a ser desenvolvidos".
As informações que o Governo tem relativamente a Cuba vão no sentido de que os portugueses que se encontravam nos territórios de maior insegurança terem sido deslocalizados para locais mais seguros.
"Ainda há pouco, uma companhia de viagens acabou de sinalizar que 250 destes portugueses que estavam numa determinada zona mais perigosa foram todos deslocalizados para zonas mais seguras e que se encontram bem", disse o governante.
Quanto ao México, em relação aos efeitos do tremor de terra que atingiu o sul do país na noite passada, a informação fornecida pelo embaixador português "é a de que não haverá portugueses entre as vítimas".
Contudo, prosseguiu José Luís Carneiro, o Governo "continua em diligências permanentes, tendo em vista acompanhar eventuais necessidades".
Finalmente, em relação aos Estados Unidos, as autoridades locais norte-americanas transmitiram ao Governo português que "todos os cuidados de prevenção foram adotados para que, quando ali chegar o furacão [Irma], se possa minorar os efeitos do mesmo".