O combatente afegão Khan Mohammed cumpria pena de prisão perpétua na Califórnia depois de ter sido detido há quase duas décadas em Nangarhar por narcoterrorismo. Já os meios de comunicação social norte-americanos identificaram os prisioneiros libertados como William McKenty e Ryan Corbett
Corpo do artigo
O Governo do Afeganistão anunciou esta terça-feira que os Estados Unidos libertaram um preso afegão em troca de prisioneiros norte-americanos, após longas conversações que foram mediadas pelo Catar.
O anúncio surge um dia depois da tomada de posse do Presidente norte-americano, Donald Trump, com quem as autoridades taliban - que tomaram o poder no Afeganistão em agosto de 2021 e que não são reconhecidas por nenhum país -, dizem repetidamente querer manter boas relações na esperança de abrir "um novo capítulo" diplomático.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros afegão afirmou, na rede social X, que "um combatente afegão, Khan Mohammed, preso nos Estados Unidos, foi libertado em troca de cidadãos norte-americanos e regressou ao país".
O afegão cumpria pena de prisão perpétua na Califórnia depois de ter sido detido há quase duas décadas em Nangarhar, no leste do Afeganistão, disse uma fonte.
Questionado pela agência de notícias AFP, o Ministério afegão não quis adiantar mais pormenores sobre esta troca de detidos. As autoridades norte-americanas ainda não se pronunciaram sobre este assunto.
De acordo com um memorando do Departamento de Justiça dos Estados Unidos de 2008, Khan Mohammed, um "membro de uma célula talibã", foi detido em 2006 e condenado por narcoterrorismo.
Os meios de comunicação social norte-americanos identificaram os prisioneiros libertados como William McKenty e Ryan Corbett, este último detido desde 2022.
Num comunicado, a família de Ryan Corbett expressou a sua "imensa gratidão", agradecendo à Administração do anterior Presidente Joe Biden e à equipa de Donald Trump.