O ministério da Defesa da Ucrânia denunciou esta manhã que forças russas na Crimeia mataram um oficial da marinha ucraniana. Antes, o primeiro-ministro interino já tinha acusado a Rússia de querer desmembrar e desestabilizar a Ucrânia.
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Numa declaração transmitida pela televisão pública, o chefe do Governo de Kiev afirma que os incidentes de ontem, com manifestantes pró-russos a ocuparem vários edifícios governamentais, fazem parte de um plano de Moscovo para que militares estrangeiros invadam a Ucrânia.
Estes incidentes são parte de «um plano em que o exército estrangeiro passa a fronteira e invade o território ucraniano», afirmou.
Arseny Yatseniuk garante há tropas russas a cerca de 30 quilómetros da fronteira ucraniana, coordenadas com as forças especiais de outros países, mas assegura que não irá permitir uma invasão do país.
Manifestantes pró-russos controlam cinco sedes administrativas do Estado nas três principais cidades do leste russófono ucraniano, depois de hoje terem tomado o Serviço de Segurança da Ucrânia (SSU, antigo KGB), em Jarkov, e a filial do Banco Nacional em Lugansk.
Em Jarkov, onde pelo menos 15 pessoas ficaram feridas no domingo após confrontos entre manifestantes pró-russos e ativistas da Euromaidan (como é conhecido o movimento de contestação lançado na Praça da Independência, em novembro, que derrubou o Presidente Viktor Yanukovych), os manifestantes tomaram de assalto, durante a noite de hoje, a sede do Governo regional.
Os manifestantes pró-russos também asseguraram, no domingo, o controlo das sedes do Governo regional de Donetsk e do SSU em Lugansk.