A maioria dos governos europeus é favorável ao triunfo de Angela Merkel nas eleições legislativas alemãs de domingo, à exceção de Paris, que prefere a vitória dos sociais-democratas do SPD.
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A conclusão surge num relatório do Instituto de Prospetiva Internacional (IPI), sobre as legislativas na Alemanha, no domingo.
De acordo com o documento, a maioria dos governos da UE opta pela estabilidade política na Alemanha e afinidade ideológica, já que grande parte pertence à família política da conservadora Merkel.
As exceções são a França, com Governo socialista, Bélgica, República Checa, Eslováquia, Luxemburgo e Malta.
Os partidos da oposição, entre os quais predominam os socialistas ou sociais-democratas, preferem o triunfo do candidato opositor de Merkel, Peer Steinbruck.
Em relação aos "media" e aos cidadãos, o relatório assinala uma indiferença generalizada, que o estudo identifica como a certeza de que nada mudará na política alemã, independentemente do vencedor do escrutínio.
A estratégia de austeridade defendida, nos últimos anos, pelo executivo de Berlim vai manter-se mesmo que Angela Merkel perca.
O estudo foi elaborado, em meados de setembro, através da chamada metodologia "Mapi", que consiste em realizar um inquérito com peritos (no caso, 96), que descrevem a realidade dos países de origem e que não se conhecem entre si, o que permite criar um diagnóstico da situação alvo da análise.
O diretor do estúdio foi professor de sociologia da Universidade Autónoma de Madrid Juan José Garcia de la Cruz.
A análise justifica-se pela importância para toda a UE de quem governa na Alemanha, devido à influência deste país nas políticas comunitárias.