Diante da diminuição das reservas de água nos últimos anos, o ministro da Energia e do Ambiente grego apresentou um plano a dez anos para garantir a segurança dos recursos hídricos
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A Grécia anunciou esta quinta-feira um plano a dez anos, de 2,5 mil milhões de euros, para combater a ameaça de escassez de água, principalmente em Atenas, na região circundante e em várias ilhas.
"Devemos estar preparados para o pior cenário", afirmou o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, em relação às secas dos últimos anos e ao agravamento das condições meteorológicas.
"Pode nevar, pode chover (...), mas a esperança não é uma estratégia", acrescentou Mitsotakis, durante a celebração do centenário da Eydap, uma das maiores empresas públicas de abastecimento de água do país.
A Eydap serve 4,4 milhões de habitantes de Ática, região que inclui Atenas e arredores.
Diante da diminuição das reservas de água nos últimos anos, o ministro da Energia e do Ambiente grego, Stavros Papastavrou, apresentou um ambicioso plano a 10 anos, com um investimento de 2,5 mil milhões de euros, para garantir a segurança dos recursos hídricos.
Entre estas medidas, destaca-se um projeto emblemático de reforço das albufeiras que abastecem a rede de água de Atenas, assim como centrais de dessalinização para as ilhas turísticas, que sofrem de uma grave escassez de água, principalmente no verão, quando as populações aumentam drasticamente.
"As reservas de água para Atenas estão no nível mais baixo dos últimos anos", sobretudo após as secas prolongadas, disse o ministro.
De uma forma mais abrangente, "os dados mostram que, depois do Chipre, a Grécia vai enfrentar o "stress" hídrico mais severo do sul da Europa", sublinhou Papastavrou, acrescentando que mais de metade da população grega poderá ser afetada.
A Grécia está entre os países mais vulneráveis do mundo em termos de risco de escassez de água, afirmou Papastavrou. Desde 2022, as reservas de água gregas diminuíram aproximadamente 250 milhões de metros cúbicos por ano, acrescentou.
Esta tendência foi acompanhada por uma redução de 25% das chuvas e um aumento anual de 15% na evaporação das águas, observou Papastavrou.
O país ocupa atualmente a 19.ª posição na classificação mundial em relação aos riscos de escassez de água.
Durante a prolongada onda de calor do verão de 2024, a Eydap pediu aos residentes da capital grega e da região circundante que controlassem cuidadosamente o consumo de água. Foram divulgados diariamente apelos através dos meios de comunicação social e das redes sociais para aumentar a consciencialização pública.
