Uma fonte do governo grego confirmou no domingo à noite que até ao fim desta segunda-feira ou, o mais tardar, na terça-feira de manhã, o acordo para o terceiro resgate da economia do país poderá estar fechado.
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No domingo, durante todo o dia, os ministros das finanças e da economia do governo grego estiveram reunidos com os representantes dos credores, ou seja, com a Comissão Europeia (CE), o Banco Central Europeu (BCE) o FMI.
Não é ainda claro que o Fundo Monetário Iinternacional participe no resgate que, de acordo com os gregos, está neste momento a ser estimado em 86 mil milhões de euros.
Desde ontem que 18 de agosto é apontado como a data da aprovação final pelo parlamento grego do acordo que esta quinta-feira poderia já ser analisado pelos deputados.
Os deputados gregos terão de apreciar dos artigos diferentes. Um para autorizar o empréstimo e o memorando de entendimento e ainda um pacote de medidas adicionais para aplicação imediata.
20 de agosto é a data chave em todo o processo. Até lá, a Grécia tem de pagar 3 mil e 200 milhões de euros ao BCE. O fundo europeu de emergência pode ser chamado a emprestar dinheiro à Grécia, para evitar um novo incumprimento.
O vice líder parlamentar dos conservadores alemães, entrevistado esta manhã por uma rádio na Alemanha dizia que o acordo está ainda muito dificultado por divergências entre os credores. Um dos obstáculos parece ser o volume da primeira tranche do empréstimo.
A Alemanha defende que não se ultrapasse os 290 mil milhões de euros, mas a União Europeia (UE) está a defender, com o FMI, um valor superior, na ordem dos 30 a 35 mil milhões de euros.
Ralph Brinkhaus acha que quanto menos dinheiro for posto nas mãos dos gregos, maior é a capacidade negocial dos credores.