O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, anunciou que a reunião de hoje dos ministros das Finanças da zona euro, em Bruxelas, permitiu chegar a um acordo sobre o prolongamento da assistência financeira à Grécia.
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Dijsselbloem precisou que a assistência foi prolongada por quatro meses, embora o pedido de Atenas fosse de seis meses, e, em contrapartida, as autoridades gregas comprometeram-se a conduzir uma série de reformas,em linha com as condições previstas no atual programa, tendo que apresentar já na próxima segunda-feira uma lista com medidas.
Na segunda à noite ou na terça-feira, as instituições, incluindo o Fundo Monetário Internacional, irão analisar a lista para confirmar que se trata de «um ponto de partida válido e suficiente», com vista a concluir de forma bem sucedida o atual programa de assistência, e, se for o caso, terão então lugar os procedimentos nacionais para oficializar a extensão da assistência.
A confirmar-se a oficialização da extensão da atual assistência financeira, as partes terão assim alguns meses para negociar um possível «acordo pós-programa».
«Penso que o resultado é muito positivo», disse o presidente do Eurogrupo, acrescentando que é sua confiança de que hoje foi dado um importante passo para se restabelecer a confiança mútua entre Atenas e os seus parceiros europeus.
O comissário europeu dos Assuntos Económicos também afirmou que o acordo alcançado com Atenas é do interesse da Grécia e da zona euro, mas alertou que ainda é preciso «muito trabalho» para fechar as políticas de reforma.
«Este acordo é do interesse não só da Grécia e dos cidadãos gregos, mas também é do interesse da zona euro e dos cidadãos dos países do euro», disse hoje em Bruxelas Pierre Moscovici, após a reunião do Eurogrupo onde os ministros das Finanças da zona euro decidiram prolongar o programa de Atenas por mais quatro meses (e não por mais seis, como foi pedido pelo Governo helénico).