A Grécia não reembolsou o Fundo Monetário Internacional pelos cerca de 1,5 milhões de euros que lhe devia, no final do prazo, que terminou às 23:00 de Lisboa, informou a instituição financeira através de comunicado.
Corpo do artigo
No texto adianta-se que a Comissão Executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) foi informada de que a Grécia está em falta e que agora só poderá receber novos empréstimos, depois de pagar o que deve.
Da declaração curta do FMI, assinada pelo seu diretor de comunicação, Gerry Rice, consta a confirmação do pedido feito pelas autoridades gregas de uma extensão do período do reembolso, que terminava hoje, que vai seguir para apreciação.
A Agência de notação financeira Fitch anunciou hoje que baixou a nota da Grécia para "CC" (patamar de lixo) em virtude do falhanço das negociações com os credores internacionais e do anúncio de um referendo decisivo sobre o futuro económico do país.
Antes do prazo, porém, o vice-primeiro-ministro grego, Ioannis Dragasakis, anunciou, também hoje, na televisão pública grega ERT, que a Grécia tinha pedido ao FMI o adiamento do reembolso de cerca de 1,5 mil milhões de euros que devia ser pago até às 23:00 de hoje (hora de Lisboa).
"Entregámos um pedido ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para que tome a iniciativa de adiar o pagamento para o mês de novembro", disse Dragasakis. O prazo para o pagamento está fixado nas 22:00 TMG (23:00 em Lisboa) de hoje.
Um adiamento permitiria à Grécia evitar entrar em incumprimento em relação à sua divida ao FMI, o que agravaria uma situação financeira que já é crítica.
Com este pedido, a Grécia utiliza uma disposição prevista na carta do FMI que permite "a pedido de um Estado membro" e sem votação "adiar" a data de um reembolso com um limite de 3 a 5 anos, que corresponde à duração dos seus empréstimos.