Ativistas gregos e europeus manifestaram-se na praça Syntagma, no centro de Atenas, com o objetivo de denunciar «o avanço dos neonazis» no país.
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O apelo do movimento antirracista europeu (EGAM) levou 500 pessoas à manifestação, segundo a polícia, e perto de mil, segundo os manifestantes, para dizer "Stop" ao partido neonazi grego Aurora Dourada.
O Aurora Dourada conseguiu, em junho, sete por cento dos votos nas eleições legislativas e conseguiu seus primeiros assentos Parlamento grego.
Este partido é suspeito de estar por trás de atos de violência xenófoba contra os imigrantes e homossexuais na Grécia e que estão a multiplicar-se nos últimos meses.
«É muito importante que nós, representantes de vinte países europeus, estejamos em Atenas, para mostrar a nossa solidariedade com a Grécia, país atingido durante pela crise económica, e para lutar contra o avanço deste perigoso movimento neonazi na Europa, o Aurora Dourada», disse aos jornalistas o presidente do EGAM, Benjamin Abtan.
«Nossa mensagem é à toda sociedade grega e a toda Europa. Esta manifestação é somente o início de uma luta contra o movimento neonazi não somente na Grécia, mas também na Europa», sublinhou.
Representantes de comunidades imigrantes na Grécia, partidos e movimentos de esquerda, sindicatos e organizações de direitos do homem, gregos e europeus, desfilaram silenciosamente, alguns saindo do centro da capital e outros da Acrópole, até a praça Syntagma.
Algumas horas antes, a polícia prendeu cinco manifestantes do EGAM, por terem entrado no sítio arqueológico da Acrópole para pendurar uma bandeira.
Centenas de personalidades gregas e estrangeiras, incluindo o caçador de nazis francês Serge Klarsfeld, apoiaram a ação do EGAM.