A líder do partido de extrema-direita francês Frente Nacional diz que essa será uma forma de levantamento contra «o totalitarismo da União Europeia».
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«Isso não faz de mim uma militante de extrema-esquerda. Não estamos de acordo com todo o seu programa, especialmente com a imigração. Mas alegrar-nos-íamos com a sua vitória», disse Le Pen ao diário francês Le Monde.
A responsável política de extrema-direita considera que há «uma fratura na Europa» e que o povo deve levantar-se «contra o totalitarismo da União Europeia e dos seus cúmplices, os mercados financeiros» e é nesse aspeto que se sente próxima do líder do Syriza, Alexis Tsipras.
Segundo o Le Monde, trata-se apenas de um apoio tático, já que Le Pen calcula que uma vitória da esquerda grega reforçaria o euroceticismo que o seu partido professa, embora o Syriza defenda a manutenção da Grécia na zona euro e a FN queira acabar com a moeda única.
Além disso, sublinha o jornal francês, ao apoiar o Syriza, a Frente Nacional demarca-se do partido neonazi grego Aurora Dourada.