É um aviso do primeiro-ministro grego que, numa mensagem transmitida pela televisão, avisa que não vai permitir que o partido neo-nazi destrua o país onde nasceu a Democracia.
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A mensagem foi transmitida poucas horas depois de um apoiante do partido Aurora Dourada ter sido considerado o principal suspeito do assassinato de um músico simpatizante da extrema esquerda.
Numa altura em que os protestos pareciam acalmar na Grécia, este assassinato fez acender de novo o rastilho da violência. De imediato, a extrema esquerda saiu para as ruas de diversas cidades, em especial de Atenas, e entrou em confronto com a polícia de choque.
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O Aurora Dourada é suspeito de vários ataques contra imigrantes, mas é a primeira vez que alguém é assassinado por razões políticas.
O Governo apressou-se a anunciar que vai adoptar medidas contra os grupos armados deixando entender que o partido da extrema direita pode ser classificado como um grupo criminoso, uma medida que foi exigida pelo Pasok.
Hoje, o primeiro-ministro disse claramente que a Grécia não vai tolerar que o Aurora Dourada atinja «a vida social e a Democracia» no país.
Antonis Samaras garantiu que os neonazis pratiquem crimes impunemente «minando as fundações do Estado que fez nascer a Democracia».
O Aurora Dourada recusa qualquer envolvimento no assassinato de Pavlos Fyssas, mas as autoridades garantem que o assassino não só era membro do partido como ia aos escritórios da organização perto de seis vezes por semana.
O jornal britânico The Guardian diz ainda que a mulher do homem detido, que foi ttambém detida, confessou que desde o crime até à detenção tentou apagar todas as provas de qualquer ligação ao partido de extrema direita.