Grécia: Oposição apoia acordo para resgatar o país, mas recusa fazê-lo por escrito
O líder da oposição grega de direita, Antonis Samaras, considerou como «inevitável» o acordo de resgate que Atenas assinou com a União Europeia, mas diz que não é necessário comprometer-se por escrito na defesa deste acordo.
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«Tenho vindo a explicar repetidamente porque é que penso que a aplicação das decisões tomadas [na cimeira da zona euro em Outubro] é inevitável para proteger a economia grega e o euro», disse Samaras, numa declaração à imprensa.
«Não vou permitir que ninguém duvide destas declarações», acrescentou Samaras, líder do partido conservador ND, que está a negociar a constituição de um governo de unidade nacional.
Na segunda-feira em Bruxelas, depois de uma reunião dos ministros das Finanças da zona euro, Jean-Claude Juncker, primeiro-ministro e ministro das Finanças dos Luxemburgo, apelou aos principais partidos da Grécia - ND e os socialistas do PASOK, ainda no poder - para se comprometerem por escrito na defesa do acordo de resgate grego, anunciado no final de Outubro.
«Pedimos às novas autoridades gregas que enviem uma carta, assinada pelos dois partidos do novo governo, que reafirme que a Grécia está comprometida com as reformas», disse Juncker.
O plano de salvamento da economia grega, aprovado entre os 17 governos da zona euro e os bancos, atribui à Grécia um novo empréstimo, de 100 mil milhões de euros, reduz a dívida pública em 100 mil milhões e atribui ainda ao país mais 30 mil milhões de euros em garantias estatais.