Uma importante autoridade turca revelou que a Turquia não vai impedir mais as tentativas de os migrantes cruzarem a fronteira e chegarem à Europa, logo após a morte de pelo menos 33 soldados turcos na Síria.
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A Grécia anunciou esta sexta-feira um maior controlo na fronteira com a Turquia, depois de os turcos afirmarem que não impediriam mais os migrantes de passarem para a Europa. "A Grécia reforçou a vigilância nas suas fronteiras terrestres e marítimas ao máximo", disse uma fonte do Governo.
Segundo uma fonte policial grega, o número de patrulhas foi dobrado e um pedido de mobilização geral foi feito internamente. "Tudo está sob controlo, não há razão para preocupação", acrescentou a mesma fonte.
"Estamos a realizar uma monitorização da situação e a adaptar as nossas forças" de acordo com as necessidades, afirmou outra fonte policial.
Uma fonte do exército grego disse que cerca de 300 migrantes foram vistos no lado turco da fronteira, na região nordeste de Evros, mas explica que "este número não é incomum".
Uma importante autoridade turca revelou que a Turquia não vai impedir mais as tentativas de os migrantes cruzarem a fronteira e chegarem à Europa, logo após a morte de pelo menos 33 soldados turcos na região noroeste de Idlib, na Síria, em ataques aéreos atribuídos por Ancara ao regime sírio, que são apoiados militarmente pela Rússia.
"Após os desenvolvimentos em Idlib, (Atenas) está em estreito contacto com a União Europeia (UE) e a NATO", disse a fonte do Governo grego.
Representantes dos países membros da NATO vão reunir-se com urgência esta sexta-feira para discutir a crise na Síria.
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Além do grupo de migrantes na fronteira terrestre, a agência de notícias turca DHA informou sobre a chegada de outros migrantes na costa de Ayvacik, na província de Çanakkale (oeste da Turquia), que procuram alcançar a ilha grega de Lesbos.
A Grécia, assim como os parceiros europeus, temem um novo afluxo de refugiados da Síria. Em 2015, mais de um milhão de refugiados e migrantes chegaram à Europa, até ser celebrado um acordo entre a UE e a Turquia para regular os movimentos.
Mais de 38.000 migrantes lotam acampamentos nas ilhas de Lesbos, Chios, Samos, Leros e Kos, enquanto essas instalações são planeadas apenas para 6.200 pessoas.
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