O primeiro-ministro grego, Antonio Samaras, mostrou-se hoje confiante na vitória do partido Nova Democracia nas eleições do próximo domingo, assegurando que o Governo terminará antes do final de fevereiro as negociações com a troika.
Corpo do artigo
Num comício realizado num centro de desportos na periferia de Atenas, Samaras afirmou que uma vez concluída a avaliação do programa de resgate, a Grécia receberá o crédito reforçado acordado com os parceiros, fundos do denominado plano Juncker, e beneficiará da compra de títulos de dívida anunciada na quinta-feira pelo Banco Central Europeu (BCE).
O primeiro-ministro assegurou que a coligação de esquerda Syriza, pelo contrário, disse «não ao dinheiro, não aos investimentos e não aos sonhos dos jovens que esperam um trabalho através deste investimento».
Num discurso inflamado, mostrou-se seguro da vitória frente às previsões das sondagens de opinião, que dão uma clara vantagem ao Syriza, entre quatro e oito pontos.
O político sublinhou que «um país só é forte se não necessita de créditos» e assegurou que o Syriza «virará toda a Europa contra a Grécia».
«Em dois anos devolveremos a totalidades dos cortes (...)», disse, em alusão às reduções salariais impostas nos últimos anos que o Tribunal Supremo Administrativo declarou improcedente.
«Não haverá mais reduções», disse, referindo ainda que as «injustiças» que tiveram de ser cometidas serão progressivamente eliminadas.
Samaras disse ainda que se o Syriza vencer as eleições, a Grécia vai-se tornar uma segunda Venezuela ou Coreia do Norte, sem fronteiras seguras e abrindo as portas para a imigração ilegal.