A ausência de acordo na reunião convocada pelo Presidente da Grécia com os líderes dos partidos para a formação de um governo de coligação vai implicar a convocação de novas eleições dentro de três semanas.
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«Vamos de novo para eleições, dentro de alguns dias, e em condições muito más», referiu numa primeira reação o líder dos socialistas moderados do Pasok e ex-ministro das Finanças, Evangelos Venizelos.
Na manhã de hoje prosseguiram em Atenas as conversações para a formação de um governo de tecnocratas, proposto na noite de segunda-feira pelo Presidente Carolos Papoulias, para evitar novas eleições legislativas em junho e a possível saída do país da zona euro.
A reunião contou com a presença dos cinco partidos com representação parlamentar, na sequência das inconclusivas eleições legislativas de 6 de maio, à exceção do Partido Comunista e dos neonazis da Aurora dourada.
Uma nota emitida pela presidência também confirmou o falhanço das conversações, ao referir que «os esforços de formação de um governo foram concluídos sem sucesso».
Panos Kammenos, o líder da formação nacional-populista Gregos Independentes (uma cisão em fevereiro do partido conservador Nova Democracia de Antonis Samaras, que venceu o escrutínio mas longe da maioria absoluta), também confirmou a ausência de acordo.
«As forças políticas que apoiam o memorando insistem em brutalizar o povo. Preferem os credores à unidade nacional», referiu, para acrescentar que os outros partidos rejeitaram a sua proposta para a formação de um gabinete de crise.