Os ministros das Finanças da zona euro voltam a encontrar-se hoje, em Bruxelas, ainda com a Grécia a dominar os trabalhos, apesar do acordo já alcançado na reunião anterior, mas com Portugal também na agenda.
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Os ministros vão querer conhecer os detalhes das sete medidas que Yanis Varoufakis enviou ao presidente do Eurogrupo, entre as quais constam propostas pouco ortodoxas, como o recurso a turistas, empregadas domésticas ou estudantes, para fiscalizar a fuga ao fisco.
As sete propostas de reforma, que de acordo com fontes ouvidas em Bruxelasnão foram trabalhadas nas reuniões preparatórias do Eurogrupo, foram recebidas com pessimismo pelos membros da zona euro.
Yanis Varoufakis já respondeu colocando pressão sobre os outros ministros, caso veja rejeitada a proposta de reestruturação da dívida, que considera determinante para que o país retome o crescimento.
Mas, na zona euro não houve até agora quem tenha dado sinais de poder aceitar uma tal medida e o pagamento integral da dívida é pré-condição para qualquer debate com Atenas.
Nesse caso, o ministro de Alexis Tsipras admite um cenário de eleições antecipadas. A outra opção admitida é lançar a incerteza sobre a irrevogabilidade do euro, levando a referendo a permanência da Grécia na União Monetária.
Estas afirmações do ministro grego a um jornal italiano estão a ser entendidas como uma forma de condicionar as decisões do Eurogrupo.
Mas, fontes ouvidas pela TSF acreditam que os credores vão insistir na aplicação das medidas debatidas no último acordo do Eurogrupo, como por exemplo alterações ao regime do IVA.