"Debaixo dos clichés, a greve" (Sous les clichés, la grève). Este título, inscrito na revista sindical "La Nouvelle Vie Ouvrière", serve para resumir o estado de alma da histórica CGT, entre a memória de 68 e acção de 2018.
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Na semana em que passam 50 anos sobre a vaga de greves e ocupações de fábricas que paralisou o país de meados de maio até junho de 68, a CGT inaugurou uma exposição intitulada "1968 - 2018: a luta continua", com o objetivo de corrigir aquilo que é, na visão deste sindicato, uma representação algo distorcida da primavera de 68, em que a amplitude do movimento operário tem sido relegada para um segundo plano, na fotografia de balanço do cinquentenário. No pico dos acontecimentos, o número de trabalhadores em greve chegou a um total entre 8 a 10 milhões - foi o maior movimento grevista do século XX em França.
Ao mesmo tempo, está marcado para a próxima terça-feira, dia 22, um braço de ferro entre os sindicatos franceses e o presidente Macron, com uma greve na função pública, convocada pela CGT e por todas as principais forças sindicais, incluindo o outro gigante sindical francês, a CFDT. É o terceiro protesto deste tipo desde que Macron chegou ao Eliseu. Os sindicatos estão contra o pacote de reformas laborais defendido pelo presidente francês. Os estudantes universitários - em protesto um pouco por toda a França contra as propostas de reforma no ensino superior - também já anunciaram que se vão juntar à greve de dia 22.
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