Grupo de caçadores e guardas mata 75 membros do Boko Haram no nordeste da Nigéria
Um grupo de caçadores e guardas locais matou 75 elementos do movimento radical Boko Haram e conseguiu libertar a cidade de Maiga, no nordeste da Nigéria, que estava nas mãos dos islamitas, informaram hoje os meios de comunicação social nigerianos.
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Centenas de caçadores e vigilantes locais, armados com arcos, flechas e machetes, deslocaram-se para Maiga de autocarro e enfrentaram os rebeldes, na quarta-feira.
«Tivemos de acordar e lutar contra os bastardos que afligem as nossas sociedades e matam almas inocentes», disse um dos caçadores que participou no ataque, Baba Dauda, citado no diário nigeriano Premium Times. «A gente tem de se preparar e começar a lutar contra eles. Matamos muitos. Não temos medo de ser mortos», adiantou.
Um morador, Josué Zirra, disse que depois do ataque muitos rebeldes fugiram e refugiaram-se em Mubi, a segunda maior cidade de Adamawa, Estado a que também pertence Maiga.
As autoridades da Nigéria ainda não confirmaram os acontecimentos em Adamawa, um dos três Estados da Nigéria, juntamente com Borno e Yobe, em estado de emergência desde maio de 2013 devido à insurreição sangrenta do Boko Haram, que causou mais de 10 mil mortos nos últimos cinco anos.
A situação tem piorado nas últimas semanas, com ataques quase diários no nordeste da Nigéria e cerca de duas dezenas de localidades a caírem nas mãos do movimento fundamentalista. Na segunda-feira, um atentado suicida matou perto de 60 estudantes de uma escola secundária daquela região.
O Boko Haram, cujo nome significa "a educação ocidental é pecado" em língua haussa, luta desde 2009 para criar um Estado islâmico no norte da Nigéria, maioritariamente muçulmano, ao contrário do sul, de maioria cristã.