O Grupo de Lima condenou a violência cometida por grupos paramilitares contra o autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, e outras pessoas durante uma manifestação em Barquisimeto, no estado venezuelano de Lara.
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Segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, divulgado no domingo à noite, o Grupo de Lima condena os atos de violência cometidos por grupos paramilitares da ditadura de Nicolás Maduro contra o autoproclamado Presidente interino "Juan Guaidó, o povo que o acompanhava e membros da imprensa que cobriam a atividade na cidade de Barquisimeto".
"Isso se converteu num padrão sistemático de violação de direitos humanos pelo regime [do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro], por isso reiteramos que essa situação é intolerável para a região, contraria os valores democráticos e não contribui para a solução da grave crise pela qual está passando o país", referiu a nota.
O bloco da América referiu ainda no comunicado que, mais uma vez reafirmam que "o mecanismo para resolver a crise pela qual a Venezuela está a passar é uma eleição presidencial livre e justa".
"Essa nova agressão deixou mais de uma dúzia de feridos, incluindo um menor que foi baleado", referiu ainda o comunicado do Grupo de Lima.
Segundo a agência de notícia espanhola EFE, várias pessoas ficaram feridas no sábado devido à violência que ocorreu durante uma manifestação antigovernamental convocada por Juan Guaidó no estado venezuelano de Lara (oeste), informaram líderes da oposição da Venezuela.
O próprio Guaidó disse à imprensa local que um "pequeno grupo" usava armas de fogo e "detonava explosivos" contra seus apoiantes.
O texto do Grupo de Lima foi assinado pelos Governos da Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai e Peru, e também por Guaidó, que mais de 50 países reconhecem como autoproclamado presidente interino da Venezuela.
O Grupo de Lima, criado em agosto de 2017, é composto por 15 países que buscam uma solução diplomática para a crise na Venezuela.
Por outro lado, o Governo colombiano instou a comunidade internacional a "continuar tomando medidas que impeçam o regime de atacar e usar a força contra a única instituição democrática que ainda sobrevive na Venezuela e que Juan Guaidó encarna".