O grupo islâmico somali Al Shabab ameaçou hoje fazer novos ataques no Quénia se o Governo não retirar as tropas que tem destacadas na Somália. Entretanto, cinco pessoas foram detidas e interrogadas por suspeita de ligações ao ataque de quinta-feira à universidade Garissa.
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Na nota difundida pela organização terrorista, intitulada "Enterrando as esperanças do Quénia", os autores do atentado que na quinta-feira causou 148 mortos na universidade de Garissa, advertem que a presença do exército queniano na Somália, que acusam de matar civis e bombardear povos, levará a mais represálias contra a população queniana, que responsabilizam por ter elegido o atual Governo.
«Enquanto o vosso Governo persistir no caminho da opressão, pondo em prática políticas repressivas, e continuar com a sistemática perseguição de muçulmanos inocentes, os nossos ataques também continuarão», adianta o comunicado.
No comunicado, cuja autenticidade foi confirmada por um porta-voz do Al Shabab, os islamitas ligados à Al-Qaeda, explicam que no ataque à universidade separaram os muçulmanos dos cristãos para matar apenas estes.
Entretanto, cinco pessoas foram detidas e interrogadas por suspeita de ligações ao ataque, anunciou hoje o Ministério do Interior. «Suspeitamos que sejam cúmplices dos atacantes [...]tentamos estabelecer ligações» com o ataque, disse o porta-voz do Ministério do Interior, Mwenda Njoka.
Entre os suspeitos estão duas pessoas detidas no interior do campus, uma delas um tanzaniano suspeito de ter «facilitado a entrada» dos elementos do grupo, acrescentou.