O grupo Movimento para a Unidade e a Jihad na África do Oeste (Mujao) reivindicou hoje um duplo atentado no Níger, contra o exército e contra o grupo francês Areva, que fez pelo menos 23 mortos, sobretudo entre os soldados nigerinos.
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"Graças a Alá, nós efetuamos duas operações contra os inimigos do islão no Níger", declarou à agência AFP Abu Walid Sahraoui, porta-voz do Mujao.
Pelo menos 23 pessoas, incluindo 18 militares, um civil e quatro terroristas morreram no atentado contra um campo militar em Agadez, no norte do país, levado a cabo com um carro armadilhado, segundo o governo.
Um dos atacantes mantém reféns vários soldados, indicou o ministro do Interior, Abdu Labo, acrescentando que o ataque provocou 13 feridos, seis dos quais estão em estado grave.
Um outro atentado, com um carro armadilhado, ocorreu em Arlit (a mais de 200 quilómetros ao norte de Agadez) numa mina de exploração de urânio da empresa francesa Areva, que fez 13 feridos entre os trabalhadores nigerinos.
O Níger está integrado na força africana deslocada para o Mali, na sequência da ofensiva lançada, em janeiro, pela França contra os grupos islamitas armados ligados à Al-Qaida, entre os quais o Mujao.
O Mujao ocupou Gao, a maior cidade do norte do Mali, durante vários meses em 2012 e as tropas do Níger foram uma das primeiras a chegarem à cidade depois de sua libertação pelos franceses, no final de janeiro.
Este grupo islâmico, igualmente acusado de tráfico de droga, já cometeu diversos atentados suicidas no norte do Mali desde a retomada da região pelas tropas francesas e africanas.
Foi a primeira vez que reivindicou ataques cometidos fora do território maliano.