Um grupo considerado próximo da rede terrorista Al-Qaeda reivindicou «um atentado suicida duplo» perpetrado hoje, em frente à embaixada do Irão em Beirute, que causou pelo menos 22 mortos.
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«Trata-se de um duplo atentado para o qual dois dos nossos heróis, sunitas do Líbano, caíram como mártires», escreveu na rede social de mensagens instantâneas Twitter Sirajeddin Zreikat, identificado como responsável das Brigadas Abdallah Azzam, nome do fundador da Al-Qaeda.
Os atentados suicidas duplos e simultâneos são uma marca operacional da Al-Qaeda.
O responsável advertiu que os atentados iam continuar no Líbano, enquanto o partido xiita libanês Hezbollah continuar a combater ao lado das forças governamentais da Síria.
«As operações no Líbano vão continuar (...) até que duas reivindicações sejam ouvidas: A primeira é a retirada da Síria do partido do Irão [o Hezbollah libanês é apoiado e financiado pelo Irão], e a segunda, a libertação dos nossos presos nas prisões da injustiça do Líbano», acrescentou.
O responsável das Brigadas Abdallah Azzam referia-se aos presos salafistas (fundamentalistas sunitas), presos no Líbano por pertencerem a «organizações terroristas».
O exército libanês anunciou que o ataque de hoje, em frente da embaixada do Irão em Beirute, foi um atentado suicida duplo.
«A primeira explosão foi originada por um terrorista suicida, que conduzia uma motorizada, e a segunda deveu-se a um segundo suicida, ao volante de um todo-o-terreno, que também se fez explodir», indicou um comunicado do exército.
O ataque, que matou pelo menos 22 pessoas e feriu 146, ocorreu em Bir-Hassan, uma área residencial na zona sul de Beirute, de maioria xiita e bastião do partido xiita libanês Hezbollah. O chefe do partido xiita, Hassan Nasrallah, tinha já apontado o dedo a «forças extremistas».
Em julho passado, a União Europeia incluiu o braço armado do movimento xiita libanês na lista de organizações terroristas.