A autoridade militar da prisão norte-americana de Guantánamo, em Cuba, transferiu hoje, para celas individuais, reclusos de uma ala, onde um grupo de prisioneiros está em greve de fome, há dois meses, em protesto contra a sua detenção.
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Alguns dos reclusos ofereceram resistência com armas improvisadas, tendo os guardas respondido com armas não letais, informou em comunicado o comando da base naval, assegurando que, dos confrontos, não resultaram feridos graves.
A transferência dos prisioneiros, de celas comuns para individuais, foi justificada com a necessidade de «garantir a saúde e a segurança dos detidos».
Os guardas entraram na zona comum do módulo VI da prisão e uma equipa médica avaliou a situação de cada recluso, adiantou o comunicado, citado pelas agências internacionais, sem mencionar o número de detidos transferidos para as celas individuais.
O Pentágono reconheceu, na quinta-feira, haver 43 prisioneiros em greve de fome, de um total de 166 detidos em Guantánamo.
No entanto, o Centro para os Direitos Constitucionais, uma organização que representa alguns dos detidos, com os quais mantém contacto telefónico, alega que o número de reclusos em greve de fome ascende a 130.
A greve começou a 06 de fevereiro, em protesto contra as «duras condições» de reclusão em que, segundo os próprios, vivem os detidos e depois de exemplares do Corão terem sido examinados «de maneira desadequada».