Guerra em Gaza no Natal: Netanyahu promete aos cristãos combater "as forças do mal"
"Procuramos a paz com todos aqueles que desejam a paz connosco, mas faremos tudo o que for necessário para defender o único Estado judeu, guardião e fonte da nossa herança comum", refere o primeiro-ministro de Israel
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O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu esta terça-feira lutar contra as "forças do mal", numa altura em que a guerra em Gaza ensombra as festividades de Natal dos cristãos em Israel e nos territórios palestinianos.
"Israel está a liderar o mundo na luta contra as forças do mal [...], mas a nossa batalha ainda não terminou. Com o vosso apoio e a ajuda de Deus, garanto-vos que venceremos", afirmou Netanyahu numa mensagem de vídeo dirigida aos cristãos de todo o mundo, estimando-se que, em Israel, residam cerca de 185 mil (1,9% da população total).
"Vocês apoiaram-nos com resiliência, firmeza e força, enquanto Israel defende a nossa civilização contra a barbárie. Procuramos a paz com todos aqueles que desejam a paz connosco, mas faremos tudo o que for necessário para defender o único Estado judeu, guardião e fonte da nossa herança comum", acrescentou Netanyahu.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque palestiniano do Hamas a 7 de outubro de 2023, que provocou a morte de mais de 1200 pessoas do lado israelita, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelitas, tendo sido sequestrados cerca de 250 outras pessoas.
Segundo dados do Ministério da Saúde do Governo do Hamas em Gaza, considerados fiáveis pela ONU, mais de 45 mil palestinianos foram mortos na campanha militar israelita de retaliação, a maioria dos quais civis.
Dos cerca de 185 mil cristãos em Israel, os cristãos árabes representam quase 76% desta comunidade, segundo o Gabinete Central de Estatísticas. De acordo com as autoridades palestinianas, cerca de 47 mil cristãos vivem nos territórios palestinianos, incluindo a Faixa de Gaza.