Depois da demissão de 17 elementos da comissão executiva nas últimas horas, a líder do órgão máximo do PSOE veio dizer esta quinta-feira que Pedro Sánchez já não manda no Partido Socialista espanhol.
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17 dos 35 membros da comissão executiva do PSOE apresentaram ontem à tarde a sua demissão com o objetivo de obrigar à destituição do secretário-geral, Pedro Sánchez. Os restantes membros estiveram hoje reunidos a debater se a demissão de 17 elementos é suficiente ou não para afastar o líder.
Depois de várias horas reunidas, foi entregue um comunicado aos jornalistas onde diz que os planos que Pedro Sánchez já tinha anunciado são para manter: eleições primárias a 23 de outubro e congresso extraordinário a 12 e 13 de novembro.
Entretanto, também esta manhã, Verónica Pérez, a presidente da Comissão do Comité Federal (o órgão decisório máximo entre congressos) do PSOE, veio dizer que Pedro Sánchez já não manda nos destinos dos socialistas espanhóis.
Verónica Pérez sublinhou mesmo que ela é a única autoridade no partido depois da demissão dos 17 membros da comissão executiva e dissolução dessa direção.
Num partido dividido e cuja crise se tem vindo a agravar, Sánchez não é apenas criticado pelos dirigentes da própria equipa mas também por alguns ex-líderes.
O editor de política da ABC resume o clima de tensão que se vive no PSOE, dizendo que o Partido Socialista espanhol é como um bom filme de ação: não se sabe o fim, mas todos sabem que algo vai acontecer e que vai haver sangue.
O PSOE tem vivido uma crise interna, depois de ter visto diminuir a sua base de apoio nas últimas eleições legislativas e de ter impedido o Partido Popular de formar Governo sem ter conseguido apresentar uma alternativa viável.