A preocupação é manifestada pela UNICEF e pela organização Save The Children. Antes da guerra, 90% dos sírios eram letrados, mas o conflito fez encerrar muitas escolas e são cada vez mais as crianças obrigadas a trabalhar. Ahmed tem 12 anos e diz que se sente responsável pela família.
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As crianças terão sido as mais afetadas pela guerra que dura há mais de 4 anos.
Muitas fugiram para os países vizinhos, outras continuam a ser submetidas a combates, algumas pegaram em armas e são muitas as que tiveram de começar a trabalhar
Já antes da guerra o trabalho infantil era um problema na Síria, mas agora agravou-se de forma inimaginável.
Há crianças recrutadas para os diversos grupos em conflito, outras são alvo de exploração sexual, muitas trabalham no campo ou em empresas nos países em que se refugiaram.
A UNICEF e a Save the Children acreditam que, com a destruição do sector produtivo no país e com muitos dos pais envolvidos nos combates, restam as crianças para trabalhar.
Ahmed tem 12 anos, está refugido na Jordânia e diz que se sente responsável pela família. Se não for ele, não há comida na mesa.
As duas organizações acreditam que só na Jordânia há 2 milhões e 700 mil crianças forçadas a trabalhar.
Miúdos apenas com 6 anos já estão no mercado de trabalho. Muitos trabalham 7 dias por semana, outros mais de 8 horas por dia e ganham entre 4 a 7 dólares por dia.
No ano passado, várias organizações, incluindo a UNICEF, lançaram o programa "Não a uma geração perdida", tentando manter as crianças na escola, mas o objetivo está longe de ser cumprido.