Guerra na Ucrânia: preparativos para manutenção de paz avançam para "fase operacional"
O primeiro-ministro britânico adianta que as Forças Armadas dos 25 países que estiveram, este sábado, reunidos "vão reunir-se na quinta-feira para estabelecer planos fortes e sólidos para apoiar um acordo de paz"
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Os preparativos para a constituição de uma força de manutenção de paz na Ucrânia vão avançar para uma fase operacional, anunciou este sábado o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, após uma reunião de 25 países, incluindo Portugal.
"Vamos agora passar a uma fase operacional. As nossas Forças Armadas reunir-se-ão esta semana, na quinta-feira, aqui no Reino Unido, para estabelecer planos fortes e sólidos para apoiar um acordo de paz e garantir a futura segurança da Ucrânia", anunciou, numa conferência de imprensa.
Segundo Starmer, "este é o momento de iniciar o debate sobre um mecanismo de gestão e controlo de um cessar-fogo total".
Estas garantias serão providenciadas pelo que intitulou de Coligação de Interessados ('Coalition of the Willing'), um grupo de países dispostos a participar numa força de manutenção de paz com soldados ou meios militares.
Além de manter a ajuda militar à Ucrânia e de continuar as sanções económicas à Rússia para forçar Moscovo a abrir negociações de paz, Starmer disse que os participantes concordaram em acelerar o "trabalho prático para apoiar um potencial acordo".
O chefe do Governo britânico falava numa conferência de imprensa após uma reunião virtual com líderes de 25 países, entre os quais Portugal, sobre o apoio à Ucrânia e a necessidade de garantias para manter um futuro acordo de paz.
O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, representou Portugal, tendo também participado vários países europeus, a Ucrânia, Canadá, Austrália e a Nova Zelândia.
A União Europeia e a NATO também estiveram representados, segundo o Executivo britânico.
Segundo Starmer, o grupo que se reuniu esta manhã, maior do que o que se tinha encontrado em Londres há duas semanas, mostrou "uma determinação coletiva mais forte".
"Esta manhã foram postos em cima da mesa novos compromissos, tanto em relação à Coligação de Interessados em termos de defesa do acordo, como em relação ao objetivo mais vasto, que é a defesa coletiva e a segurança da Europa", adiantou.
O primeiro-ministro britânico reivindicou que o grupo está a conseguir "ganhar ímpeto político e militar (...) que vai para além da questão da Ucrânia, é o de que a Europa precisa de reforçar a sua própria defesa e segurança".
