Chefe da diplomacia europeia alerta que essas ações "não são compatíveis" com o Direito internacional.
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O chefe da diplomacia europeia alertou esta quarta-feira que ações como cortar o fornecimento de água em Gaza "não são compatíveis" com o Direito internacional e defendeu uma resposta europeia baseada em firmeza, humanidade e coerência.
"Vamos repetir mais uma vez: Israel tem o direito a defender-se. Sempre o teve e quem quer que fosse que fosse atacado desta forma tão brutal teria direito a defender-se", referiu o alto representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, num debate na sessão plenária do Parlamento Europeu, em Estrasburgo.
"Todos estamos unidos em dizer que o direito à autodefesa tem os seus limites, os limites que marcam o direito internacional, sobretudo o direito internacional humanitário", sustentou.
As guerras, sublinhou, "também têm as suas regras", previstas no Direito internacional.
"Cortar o fornecimento de água, e não só, não é compatível com o Direito da guerra. Já não há água em Gaza, há mais de 3.000 mortos e um quarto deles são crianças. Não podemos responsabilizar todos os palestinianos pelas ações criminosas do Hamas", sublinhou.