As autoridades da Guiné Bissau admitem que pode haver dificuldade na atribuição de vistos para um contingente do Grupo de Operações Especiais da PSP que já devia estar naquele país.
Corpo do artigo
As autoridades guineenses dizem que desconhecem o pedido de atribuição de vistos, mas também admitem que no atual quadro de relações com Portugal é natural que haja problemas.
A notícia foi avançada na última noite pela Rádio Renascença que garante que se trata de uma resposta ao fato de Portugal não ter concedido um visto ao encarregado de negócios guineense em Lisboa.
O Governo português não reconhece o atual executivo da Guiné que resultou do golpe militar de há meses. Fernando Vaz, o porta-voz do governo transitório, diz que Bissau pauta a relação com Portugal numa lógica de reciprocidade, mas que oficialmente as autoridades de lá nada sabem sobre um pedido de vistos.
Fernando Vaz elabora um pouco mais sobre os pressupostos que nesta altura e na ótica guineense marcam o relacionamento entre os dois Estados.
«As autoridades portuguesas recusam e negam sistematicamente o visto a qualquer entidade oficial guineense desde militares a polícias, incluindo a governantes, portanto não fazia sentido dar visto a quem não nos dá o visto», explica.
A TSF falou também com o porta-voz da PSP. Paulo Flor não concretiza o motivo pelo qual está atrasada a substituição do contingente dos GOE na Guiné Bissau, mas admite que essa situação decorra de questão administrativas.
Sobre este caso, a TSF contactou ontem à noite os gabinetes de imprensa dos ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Administração Interna, mas não foi possível obter qualquer comentário.