A Assembleia-geral da ONU ratificou a escolha feita pelo Conselho de Segurança em 5 de outubro.
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O antigo primeiro-ministro português António Guterres foi aclamado como novo secretário-geral das Nações Unidas.
Reunido em plenário, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, o órgão que agrega os 193 Estados do mundo confirmou o que se previa, formalizando a eleição do ex-alto-comissário para os Refugiados como novo secretário-geral da organização internacional, a entrar em funções a partir de 1 de janeiro de 2017.
O presidente da Assembleia Geral, Peter Thomson, destacou, por seu lado, a "evolução" no processo de eleição", que ficou mais "transparente".
A sessão começou com um minuto de silêncio em memória do rei da Tailândia, Bhumibol Adulyadej, de 88 anos, que morreu hoje depois de uma longa doença, pondo fim a um reinado de sete décadas em que personificou a unidade do país.
Seguiu-se uma declaração do presidente em exercício do Conselho de Segurança, o embaixador russo Vitaly Churkin, que elogiou todos os candidatos ao cargo e reiterou o "apoio incondicional" a Guterres.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas recomendou formalmente o ex-governante português após seis votações.
António Guterres vai assumir a liderança das Nações Unidas por um mandato de cinco anos, até 31 de dezembro de 2021.
Ban Ki-moon elogia "o espírito de servir" de António Guterres
O ainda secretário-geral das Nações Unidas elogiou o "espírito de servir" o bem comum do seu sucessor designado, o português António Guterres.
Ban Ki-moon sublinhou que Guterres é "conhecido por todos" na organização internacional. Mas "é talvez mais conhecido onde contou mais, na linha da frente do conflito armado e do sofrimento humanitário", sublinhou Ban Ki-moon, referindo-se ao papel de Guterres enquanto alto-comissário das nações Unidas para os Refugiados, cargo que ocupou durante dez anos.
Bandeiras de Portugal e das Nações Unidas erguidas no Palácio de Belém em honra de Guterres
Duas bandeiras de Portugal e das Nações Unidas (ONU) foram penduradas no Palácio de Belém, em honra de António Guterres, logo que foi conhecida a notícia da sua aclamação como secretário-geral da ONU.
As duas bandeiras, em tamanho grande, foram penduradas no torreão central do muro do Palácio de Belém, voltadas para a rua, e serão iluminadas a partir do pôr-do-sol e até à meia-noite, disse à agência Lusa fonte da Presidência da República.