
Emmanuel Macron
EPA/Ian Langsdon
O secretário-geral da ONU lembra que a França é um parceiro muito valioso da ONU. Já marcado está um encontro entre Macron e Donald Trump durante cimeira da NATO em Bruxelas.
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O secretário-geral da ONU, António Guterres, felicitou esta segunda-feira o vencedor das eleições presidenciais francesas, Emmanuel Macron, e disse querer reunir "num futuro muito próximo" com o próximo Presidente da França.
"Felicitamos o povo da França por uma eleição presidencial bem sucedida e o Presidente eleito, Emmanuel Macron, pela sua vitória", disse o porta-voz de Guterres aos jornalistas num 'briefing' nas Nações Unidas.
Stephane Dujarric disse que Guterres vai escrever uma carta a Macron convidando-o para um encontro "num futuro muito próximo" e lembrou que a França "é um parceiro muito valioso" da ONU. "Esperamos um envolvimento rápido", disse o porta-voz.
No encontro, disse Dujarric, os dois responsáveis deverão discutir temas como as mudanças climáticas, a luta contra o terrorismo e operações de manutenção de paz.
A eleição de Macron é uma boa notícia para Guterres e para a ONU, numa altura em que o Presidente dos EUA, Donald Trump, deve anunciar se mantém a promessa de campanha de retirar os EUA do Acordo do Clima de Paris, um acordo assinado por 175 país na ONU no ano passado.
Para 25 de maio, à margem da cimeira da NATO em Bruxelas, já está marcado encontro entre o recém-eleito presidente francês e o homólogo norte-americano.
"O Presidente Trump expressou o desejo de trabalhar estreitamente com o Presidente eleito Macron para enfrentar desafios comuns e sublinhou a longa e sólida tradição de cooperação entre os Estados Unidos e o seu mais antigo aliado, a França", indicou a Casa Branca em comunicado após uma conversa telefónica entre os dois dignitários.
Já no domingo, quando foi conhecida a vitória do candidato francês na segunda volta das presidenciais, contra a candidata da extrema-direita Marine Le Pen, Trump tinha felicitado Macron pela sua "grande vitória" numa mensagem na rede social Twitter.
O magnata nova-iorquino do imobiliário não tomara diretamente partido sobre as eleições presidenciais francesas, mas deu a entender que o recente ataque terrorista perpetrado em Paris beneficiaria Marine Le Pen.
Por sua vez, muitos dos seus apoiantes defenderam ativamente Le Pen contra Macron na segunda volta do escrutínio.