Há 143 países que já confirmaram a presença em Lisboa na Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos
Os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Economia e do Mar apresentaram as ambições da cimeira. A Rússia já confirmou a presença.
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O governo português acredita que a declaração de Lisboa que vai resultar da conferência das Nações Unidas sobre o futuro dos oceanos, vai obrigar o mundo a mudar.
O mundo político, e o mundo das pessoas que têm o poder de mudar comportamentos, todos os dias.
São objetivos anunciados a menos de duas semanas do arranque da reunião.
Até dia 14, 143 países e 1778 organizações, entre fundações, universidades, empresas e instituições cívicas, tinham confirmado a presença na conferência das Nações Unidas para os oceanos.
Mas, ao contrário do habitual, tanto as Nações Unidas como a organização portuguesa acreditam que o número ainda vai crescer até ao arranque da sessão plenária, no Altice Arena, na manhã de dia 27.
Entre os participantes, são certas as presenças de 18 chefes de Estado e outros tantos de Governo, incluindo Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa.
Já a Rússia estará presente, mas envia uma delegação discreta, liderada por um funcionário especializado na temática dos oceanos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros esclareceu que, apesar das sanções da União Europeia à Rússia, a participação em reuniões da ONU está salvaguardada pela generalidade das regras diplomáticas internacionais.
A conferência de Lisboa, é uma organização conjunta de Portugal, do Quénia e das Nações Unidas e, durante uma semana, vai preparar a declaração de Lisboa, que segundo o ministro João Gomes Cravinho, não terá objetivos concretos, mas apenas compromissos com a mudança.
O ministro da Economia e do Mar deposita muita esperança nos resultados futuros da presença, em Lisboa, de mais de três mil empresários que querem fazer negócios com o mar, neste espírito de salvar o planeta.
António Costa e Silva diz que, para a economia portuguesa, esta conferência pode ser muito importante.
O ministro dos Negócios Estrangeiros vai mais longe e fala na Lisboa "casamenteira", a propósito dos encontros que vão acontecer entre quem quer investir capital nestes negócios e quem tem ideias de negócios para desenvolver.
A conferência vai transformar a zona que rodeia o Altice Arena num verdadeiro Parque das Nações, como tinha acontecido em 1998, na exposição mundial, que também teve como tema "os oceanos".
Estão previstas dezenas de eventos paralelos espalhados por toda a cidade, ainda no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, e no Centro de Congressos do Estoril.
Um dos momentos mais aguardados da Conferência de Lisboa será a "Marcha pelos Oceanos", que será a expressão maior da participação da sociedade civil na iniciativa.
A cimeira começa no dia 27 deste mês, com uma sessão em que vão discursar António Guterres, Marcelo Rebelo de Sousa e o Presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta.