O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, anunciou que há acordo com "apoio unânime" entre a União Europeia e o Reino Unido na denominada questão do 'Brexit'. David Cameron diz que o acordo dá ao país um "estatuto especial" e afirma que nasceu uma Europa "vive e deixa viver".
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O Twitter voltou a ser a ferramenta usada pelos líderes europeus para dar conta das novidades.
O primeiro-ministro britânico diz que o acordo negociado entre o Reino Unido e os outros 27 membros da União dá ao país um "estatuto especial". David Cameron está satisfeito com a conclusão e diz vai "recomendar a aprovação ao Executivo" do qual é o líder.
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Outras explicações ficaram para a conferência de imprensa que se seguiu à cimeira.
Agora que há acordo, e que o país conseguiu um "estatuto especial", David Cameron disse que no referendo vai fazer campanha "de alma e coração" para que o Reino Unido fique na União Europeia.
Nessa conferência de imprensa, o primeiro-ministro britânico garantiu ainda que o acordo alcançado responde aquilo que ele prometeu aos eleitores quando concorreu ao segundo mandato e afirmou que, no sábado, vai recomendar aos membros do seu executivo para aprovarem o documento.
Cameron afirmou que vai marcar a data para o referendo em breve.
"O povo britânico tem agora de decidir se quer ficar nesta União Europeia reformada ou se quer sair. Vai ser um daqueles momentos que só acontece uma vez na nossa geração e que vai moldar o destino do nosso país" disse o governante.
"Penso que isto (o acordo) basta para recomendar que o Reino Unido permaneça na UE", declarou Cameron, felicitando-se por poder agora beneficiar "do melhor de dois mundos".
Quem também falou aos jornalistas foi o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que considerou a alteração ao estatuto do Reino Unido dentro do bloco europeu como sendo "justo para todos".
"O acordo é justo para o Reino Unido e para os outros Estados-membros", disse Juncker e "responde a todas as preocupações do Reino Unido".
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, sublinhou que o Reino Unido não terá direito de veto sobre questões ligadas à zona euro: "não haverá qualquer veto e o texto [das conclusões do Conselho Europeu] deixa isso bem claro", salientou Juncker, na conferência de imprensa final da cimeira de onde o Reino Unido saiu com um "estatuto especial" na União Europeia.
O acordo alcançado é, salientou, por seu lado, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, "responsável" e teve como objetivo "ajudar o Reino Unido a ficar na UE".
A chanceler alemã, Angela Merkel, classificou como "um compromisso equitativo, que não foi fácil em cada problema" o acordo concluído em Bruxelas para manter o Reino Unido na União Europeia.
Há acordo
Foi na rede social Twitter, que o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk deu em primeira mão a novidade: "Acordo. Apoio unânime ao novo acordo".
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A análise da denominada questão 'Brexit' começou no primeiro dia de cimeira, que termina hoje, em Bruxelas.
Depois do final oficial dos trabalhos já na madrugada de sexta-feira, multiplicaram-se encontros bilaterais.
A partir das 11:00 de hoje recomeçaram as reuniões, com os trabalhos a serem interrompidos durante a tarde para recomeçarem ao jantar.
Em cima da mesa na cimeira, que foi apelidada por Tusk como "vai ou racha", estiveram quatro: competitividade, governação da zona euro, benefícios sociais e soberania nacional.
Num esboço de conclusões da cimeira de chefes de Estado e do Governo surgem alterações nos abonos de família, a criação de um "mecanismo de alerta e salvaguarda" para "responder às situações de chegada de trabalhadores de outro Estado membro com uma magnitude excecional por um longo período de tempo".