As denúncias anónimas partiram de irmãs que contaram ao "L'Osservatore Romano", o jornal oficial do Vaticano, a exploração laboral e os abusos por parte dos seus superiores.
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Devido ao excesso de trabalho e ao stress, cada vez há mais freiras a sofrerem de burnout. O alerta foi dado na última edição do jornal oficial do Vaticano, na qual algumas mulheres denunciaram a exploração laboral e abusos por parte dos superiores.
Sem qualquer contrato de trabalho ou horários definidos, muitas freiras que dedicam a vida ao serviço dos bispos, dos cardeais e da comunidade estão sujeitas a uma hierarquia rígida, trabalham nos seus próprios conventos ou em escolas, hospitais, igrejas e residências privadas, mas são alvo de exploração.
As denúncias anónimas partiram de irmãs que contaram ao "L'Osservatore Romano", o jornal oficial do Vaticano, a exploração laboral e os abusos por parte dos seus superiores.
Este tema foi abordado durante um encontro, em Roma, promovido pela União Internacional de Superiores Gerais, sobre os problemas associados à vida religiosa. No final, recolhidos os testemunhos e os casos de burnout, ficou decidido criar uma comissão especial que nos próximos três anos vai estudar o desenvolvimento desta doença.
O encontro contou com a participação de uma psicóloga e investigadora da Universidade de Oxford...que sugere a elaboração de um código de conduta ou um contrato de trabalho com os superiores, para garantir o bem-estar das freiras. Um acordo que estabeleça, por exemplo, duas semanas de férias e um salário ou até um ano sabático após cinco anos de trabalho.
O Perfeito da Congregação para a Vida Consagrada garante que estes casos de burnout estão a ser investigados.
De acordo com estatísticas recentes publicadas pelo New York Times, um em cada cinco trabalhadores sofre de burnout.