Abdelbaki Es Satty, imã de Ripoll, é tido como o cérebro da célula terrorista que atacou a Catalunha. O governo catalão nega que o suspeito esteja associado ao "11 de Março" de Madrid.
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O chefe da polícia da Catalunha garante ter indícios muito sólidos de que o imã de Ripoll estará entre os mortos que resultaram da explosão em Alcanar. Abdelbaki Es Satty, um homem que poderá estar relacionado com o atentado "11 de Março" de Madrid (2004), é tido como o alegado cérebro da célula que atacou aquela região de Espanha
Questionado pelos jornalistas, Josep Lluis Trapero adiantou que Abdelbaki Es Satty não está associado a nenhum crime por terrorismo. A informação foi confirmada pelo ministro da Justiça da Catalunha, que acrescenta que Es Satty não entrou em contacto com nenhum preso desde abril de 2014, altura em que saiu da prisão de Castelló, depois de concluir a pena de quatro anos por tráfico de droga.
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Durante a conferência de imprensa esta segunda-feira, o ministro Carles Mundó, o governante com a pasta da Justiça naquela região, afirmou que as 15 vítimas mortais (sete mulheres, seis homens, duas crianças) já foram todas identificadas. Trata-se de seis cidadãos espanhóis, três italianos, dois portugueses, um belga, um norte-americano, um canadiano e um australiano. Dez dos corpos foram identificados através de impressões digitais e informação dentária. Para identificar as outras cinco vítimas foi necessário recorrer a provas de ADN, razão pela qual, sublinhou o ministro da Justiça, seis dos corpos ainda não foram entregues às respetivas famílias.
Mundó confirmou ainda que a morte de Pablo Villan está relacionada com o atentado das Ramblas, aumentando para 15 o número de vítimas.
Finalmente, o ministro do Interior catalão deixou um apelo à colaboração dos cidadãos para encontrar o principal suspeito deste caso: Younes Abouyaaqoub, que alegadamente conduzia a carrinha utilizada no ataque. O homem tem uma estatura normal, com cerca de 1.80m, pele escura, cabelo curto e pode agora ter barba e mudado de camisa, uma vez que as fotografias do suspeito divulgadas têm cerca de quatro dias.
As autoridades da Catalunha pedem às pessoas que colaborem com a investigação e disponibilizem qualquer informação que possam ter, quer destes dias, quer relativas à vida do suspeito antes dos atentados.