A Associação Pró Direitos Humanos da Andaluzia dá apoio jurídico, tenta estar vigilante para que os migrantes sejam bem tratados quando chegam à costa espanhola.
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Num escritório em Puerto Real, Amin Souissi vai dando indicações em árabe aos imigrantes que procuram a Associação Pró Direitos Humanos da Andaluzia (APDHA). Ele próprio é um imigrante. Marroquino de nacionalidade, está há muitos anos em Espanha. Dá apoio jurídico a quem necessita.
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Para Amin, estas vagas de migrantes a chegarem em frágeis barcos à costa espanhola não traz novidade. "Há 25 anos que vejo estas levas de imigrantes. Agora estamos numa temporada alta de chegada".
Estamos em Espanha, uma monarquia, mas na parede da Associação está um dístico onde se lê "Esta Casa é Republicana". Porque aqui liberdade e igualdade são palavras de ordem.
Amin sublinha que a novidade nestas ondas de migrantes é a vinda dos subsarianos que estão a chegar cada vez em maior quantidade. E com idades que não seria de esperar.
"Inclusivamente vêm menores, como vimos na última quinta-feira nos barcos que chegaram a Barbate. Eu mesmo contei. Das 400 pessoas que estavam no Polidesportivo, 162 eram menores, alguns de 11, 12 anos, praticamente meninos e meninas que deixaram há pouco tempo a chupeta".
Chegam também muitos bebés com as mães. Por vezes são nascimentos que já se dão na travessia por onde estas mulheres passam até chegarem a Espanha. Mulheres que são frequentemente vítimas de abusos, como violação ou prostituição.
Depois de Puerto Real, Amin vai para Chiclana, outra localidade da Província de Cádiz. Continuará a andar numa roda-viva para ajudar os migrantes a preencherem papéis, a regularizarem a sua vida.