Na estrada que liga a Beira a Maputo, as pessoas que fugiram do interior não percebem porque é que a ajuda não chega ali, sobretudo agora que a água desceu e a via está já reaberta.
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Há recipientes, pratos de plástico e panelas esburacadas estendidos à espera que alguém os venha encher. Na estrada que liga a Beira a Maputo há pessoas na rua a implorar por ajuda, à procura de um pouco de conforto no meio do caos.
Num ou noutro local, há quem tenha avistado helicópteros a lançarem pacotes de bolachas e algumas farinhas, claramente insuficientes para tanta gente que viu o seu mundo ruir.
As inquietações são muitas e as dúvidas também. Na beira da estrada, as pessoas que fugiram do interior não percebem porque é que a ajuda não chega, sobretudo agora que a água desceu e a estrada está já reaberta.
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De um lado para o outro, passam camiões de transporte de mercadorias de e para o porto da Beira: há produtos que seguem para o porto para serem exportados e outros que chegam àquele local para ficarem em Moçambique.
Nas ruas não se veem grandes movimentações de equipas de bens alimentares. Haverá, aqui ou ali, alguma coisa que vá chegando a alguns locais, mas é muito pouco face às necessidades de tanta gente que está espalhada por uma área tão grande à espera de ajuda, à espera de comida.