A afirmação foi proferida pelo ministro do Interior espanhol, numa entrevista ao diário ABC. O governante diz que não quer gerar o pânico mas explica que a subida do nível de alerta "corresponde a uma realidade" efetiva.
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O ministro do Interior espanhol afirma que "há um elevado risco de ataque terrorista" em Espanha, sustentando que a "ameaça jihadista" coloca as questões de segurança "ao nível mais crítico" desde os atentados de 11 de março de 2004.
"Estamos no nível de alerta máximo desde os atentados desde 11 de março de 2004 em Madrid", que causou 191 mortes e 2.000 feridos, afirmou Fernandez Diaz, numa entrevista ao diário conservador ABC.
O ministro afirmou não querer gerar o pânico, mas explicou que "o nível de alerta quatro (numa escala de cinco) corresponde a uma realidade". "Isto significa que há um alto risco de ataques terroristas e temos o dever de agir em conformidade, incluindo informar a opinião pública", disse.
Em Espanha, disse, o número de pessoas que se juntou ao autodenominado grupo do Estado Islâmico (EI) é relativamente baixo, na ordem das 116, acrescentando que foram registados 16 regressos.
O ministro lembrou que o chefe do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, apelou aos 'jihadistas' para que realizem ataques onde quer que estejam, invocando o aniversário da proclamação do Califado Islâmico. Sem querer dar detalhes Jorge Fernandez Diaz adiantou que há uma "série de atividades em redes sociais".
O ministro também mencionou o aparecimento de "um novo risco", "o do terrorista frustrado, que completou o seu processo de radicalização, mas não pode partir para uma zona de conflito, tendo de permanecer no seu país". "Este é um risco potencial que nós detetamos em Espanha", disse à ABC.