Paulo Guedes falou esta terça-feira aos jornalistas no Rio de Janeiro.
Corpo do artigo
Pastas da Economia e Finanças, mais Planeamento e, quem sabe, Infraestruturas. Assim será a vida de Paulo Guedes, o "superministro" de Jair Bolsonaro, que esta terça-feira falou aos jornalistas no Rio de Janeiro.
Uma das primeiras medidas de Paulo Guedes estará relacionada com o funcionamento do Banco Central do Brasil e com a preparação de um regime fiscal robusto.
TSF\audio\2018\10\noticias\30\ricardo_alexandre_paulo_guedes_noite
"Vamos aprovar um projeto de Banco Central independente. A essência do projeto é que os mandatos são não-coincidentes, vai de metade um mandato até ao outro", começou por explicar Paulo Guedes. Sobre o regime fiscal, o "superministro" explica que comentou com a sua equipa que "é interessante como faz falta o ajuste fiscal, um regime fiscal robusto. Quando temos um, não existe necessidade de carregar tantas reservas".
Sobre a reação negativa dos mercados e o suposto adiamento da reforma da Segurança Social brasileira, Paulo Guedes explica que ouviu gente dizer que "não tem pressa de fazer a reforma da Providência", algo de que o mercado não gostou.
No círculo mais próximo de Bolsonaro parecem surgir sinais de desentendimento, nomeadamente entre o próprio Paulo Guedes e o coordernador político de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni.
"O Onyx, que é coordenador político, falou de banda cambial. Ao mesmo tempo, o Onyx disse que não tem pressa na Providência. É um político a falar de economia. É a mesma coisa que eu agora começar a falar de política, não vai dar certo", concluiu.