Candidato do Partido dos Trabalhadores quer parar a "guinada à direita" dos países da América Latina.
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"No que me diz respeito, até sábado eu estou na rua lutando pelo que acho que é melhor para o Brasil". As palavras são de Fernando Haddad, candidato às eleições presidenciais no Brasil.
A votação para a segunda volta é realizada já este domingo, dia 28 de outubro, sendo que Haddad a vai disputar com Jair Bolsonaro. Sobre o projeto do adversário, Haddad diz que "dá medo" e que "quem conhece Bolsonaro fica receoso com o que vai acontecer".
Em conferência de imprensa num hotel em Copacabana, Haddad descreve uma "guinada à direita" que tem vindo a acontecer em vários países da América Latina.
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Confiante na inversão desta tendência, o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) diz que "está a lutar" para que ela aconteça mesmo e diz que, para isso, conta com a "circunstância específica que é a força de um partido de centro-esquerda e a força dos democratas, que podem impedir que o fascismo se instale" no Brasil.
Haddad considera que a escolha é entre, de um lado, a liberdade, a democracia e a diminuição das desigualdades e do outro o discurso do ódio e o regresso do país a práticas ditatoriais, que Bolsonaro admitiu defender.
"É uma pessoa que apoia a ditadura, apoia a tortura e que ameaça os seus opositores sempre que tem oportunidades", diz Haddad, acrescentando que Bolsonaro ameaça ainda "os noticiários e a imprensa livre", algo que o candidato do PT identifica como uma posição "oposta" à sua.
Haddad reuniu-se esta terça-feira com grupos evangélicos, católicos e judeus e tem ainda marcado um comício no Rio de Janeiro onde deve contar com a presença de Chico Buarque e Caetano Veloso.