Hamas aceita libertar reféns pelo plano de Trump, mas quer negociar outras partes
O movimento ressalva que aspetos da proposta referentes ao futuro da Faixa de Gaza e aos direitos palestinianos devem ser decididos com base numa "posição palestiniana unânime", firmada com outras fações e fundamentada no direito internacional
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O movimento islamita palestiniano Hamas afirmou esta sexta-feira aceitar alguns elementos do plano de paz do Presidente norte-americano, incluindo a libertação dos restantes reféns, mas quer negociar outros.
Em comunicado, o Hamas afirmou estar disposto a libertar reféns de acordo com a "fórmula" do plano, que prevê a libertação dos restantes indivíduos capturados pelo movimento no ataque a Israel há dois anos, e reiterou a sua já expressa abertura à transferência do poder para um órgão palestiniano politicamente independente.
Ressalvou, contudo, que aspetos da proposta referentes ao futuro da Faixa de Gaza e aos direitos palestinianos devem ser decididos com base numa "posição palestiniana unânime", firmada com outras fações e fundamentada no direito internacional.
A declaração também não menciona o desarmamento do Hamas, exigência israelita fundamental incluída na proposta do Presidente norte-americano, Donald Trump.
O anúncio foi feito poucas horas depois de Trump fazer um ultimato ao Hamas até às 23:00 de domingo, hora de Lisboa, para aceitar o seu plano de paz para Gaza.