Hamas acusa EUA de "distorção dos factos" e lamenta que Netanyahu tenha rejeitado "uma troca global de prisioneiros"
O movimento de resistência palestiniano assegura que propôs "iniciativas claras para um cessar-fogo e uma troca global de prisioneiros", que o primeiro-ministro israelita rejeitou para "servir os seus interesses políticos"
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O Hamas acusou este sábado Washington de distorcer a realidade ao alegar que o movimento palestiniano "escolheu a guerra", depois de Israel ter quebrado as tréguas.
"A afirmação de que 'o Hamas escolheu a guerra em vez de libertar os reféns' é uma distorção dos factos. A resistência palestiniana propôs iniciativas claras para um cessar-fogo e uma troca global de prisioneiros", escreve o grupo armado numa declaração.
O Hamas acusa o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de ter "rejeitado estas iniciativas" e de as ter "sabotado deliberadamente para servir os seus interesses políticos".
Na terça-feira, Israel bombardeou a Faixa de Gaza antes de realocar tropas terrestres para lá.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse esta quinta-feira que o Presidente dos EUA, Donald Trump "apoia totalmente Israel, o Exército israelita e as ações tomadas nos últimos dias" em Gaza.
"Não podemos esquecer que o Hamas é totalmente culpado por esta situação por causa do seu violento ataque a Israel, a 7 de outubro", acrescentou Leavitt.
O ataque de 7 de outubro de 2023 resultou na morte de 1218 pessoas do lado israelita, a maioria civis, de acordo com uma contagem da agência France Presse baseada em dados oficiais e incluindo reféns que morreram ou foram mortos em cativeiro. Em resposta, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que fez pelo menos 49.617 mortos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados fiáveis pela ONU.
