O movimento radical palestiniano condenou hoje o atentado contra o jornal satírico Charlie Hebdo que causou a morte a 12 pessoas em Paris.
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O Hamas «condena as agressões contra o jornal Charlie Hebdo e insiste que a diferença de opiniões e de pensamento não podem justificar o assassinato», refere em comunicado o grupo radical palestiniano, citado pela France Press (AFP).
O movimento procura também, com este comunicado, responder às acusações do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que recentemente disse que França, Israel e os «países civilizados» têm feito face à mesma ameaça.
«Estes terroristas matam jornalistas em Paris e (...) lançam foguetes contra civis desde Gaza», disse Netanyahu que associa desde há meses o Hamas aos movimentos jihadistas radicais, nomeadamente a organização do Estado islâmico que serve o Iraque e a Síria.
«O Hamas condena as tentativas desesperadas do primeiro-ministro de Israel, Netanyahu, para ligá-las (...). Estas tentativas miseráveis estão condenadas ao fracasso», refere no comunicado.
O presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, pediu entretanto ao seu homólogo francês, François Hollande, para apresentar as suas condolências, disse o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Ryiad al-Malki.
Abbas manifestou «a solidariedade do povo e dos dirigentes palestinianos para com a França, depois deste atentado terrorista", sublinhando que "o sermão de sexta-feira foi consagrado à firme condenação dos atos terroristas» nas mesquitas palestinianas, sublinhou.
Uma delegação de dirigentes cristãos e muçulmanos palestinianos estará presente no domingo, em França, para exprimir a sua solidariedade contra o terrorismo.
A Organização de Libertação da Palestina (OLP) apelou ainda para que se realizassem manifestações no domingo em todos os territórios ocupados.