Hamas liberta mais quatro reféns: mulheres do Exército israelita entregues à Cruz Vermelha

Abir Sultan/EPA
Karina Ariev, Daniella Gilboa e Naama Levy têm 20 anos e Liri Albag tem 19
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O Hamas libertou, este sábado, quatro mulheres militares israelitas, tal como estava previsto no âmbito do acordo de cessar-fogo com Israel. A operação foi acompanhada pela Cruz Vermelha.
Vestidas com a farda militar, saíram de um veículo palestiniano sorridentes e a acenar para a multidão que se juntou na Praça Palestina, na Cidade de Gaza, para assistir ao momento. Depois, Karina Ariev, Daniella Gilboa e Naama Levy, as três com 20 anos, bem como Liri Albag, de 19, que pertencem ao Exército israelita, foram entregues à Cruz Vermelha para serem transportadas para Israel.
Este sábado também regressam a casa quase 200 palestinianos que vão ser libertados das prisões israelitas. A lista com os nomes já foi divulgada: entre eles, segundo a Al Jazeera, estão 121 pessoas que cumpriam penas de prisão perpétua. O Hamas já fez saber que pelo menos 70 destas pessoas vão ser deportadas de Gaza e da Cisjordânia.
A primeira fase da trégua, que deverá durar seis semanas, deverá permitir a libertação de 33 reféns detidos em Gaza em troca de um número muito maior de prisioneiros palestinianos detidos por Israel.
O primeiro dia da trégua, 19 de janeiro, foi marcado pela libertação três reféns israelitas e de 90 prisioneiros palestinianos.
De acordo com os detalhes do acordo de cessar-fogo com o Hamas, Israel libertará 50 prisioneiros palestinianos por cada mulher soldado israelita, o que significa que pelo menos 200 dos reclusos deverão sair em liberdade.
Apesar de os combates terem cessado em Gaza, Israel continua a levar a cabo uma operação militar na Cisjordânia ocupada, que já resultou na morte de pelo menos 14 pessoas, segundo as autoridades sanitárias locais.
Israel e o Hamas envolveram-se numa guerra em outubro de 2023, na sequência de um ataque sem precedentes do grupo extremista palestiniano no sul do território israelita que fez cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns. Em represália, Israel lançou uma ofensiva devastadora na Faixa de Gaza, matando mais de 47 mil pessoas.
