Harvey e Irma têm deixado um rasto de destruição no Atlântico, mas Harvey e Irma Schluter são apenas um velho casal espantado com a coincidência de ver dois furacões com os seus nomes ao mesmo tempo.
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Ele tem 104 anos e ela 92. Em entrevista ao The New York Times, contaram que estão juntos desde a década de 40 e desfiaram memórias.
Ele lembra-se da perplexidade com que assistiu a Neil Armstrong a pisar a Lua, ela recorda a primeira vez que viu um avião. Também se lembram de momentos marcantes do século passado, como a Grande Depressão ou como estava o tempo no dia em que o presidente Kennedy foi assassinado em Dallas.
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No entanto, confessaram que nunca viram uma coincidência como a que vivem nesta altura. Dois grandes furacões com os nomes de ambos. A explicação é simples: desde 1979 que a Organização Meteorológica Mundial (OMM) alterna nomes femininos e masculinos para as tempestades tropicais que têm origem sobre o Oceano Atlântico.
Harvey e Irma Schluter estão espantados e maravilhados com a coincidência, mas tristes com a destruição deixada pelos furacões. Nunca o casal testemunhou um furacão ou sismos e tempestades de neve, fenómenos mais habituais em Washington.
Ao jornal contaram ainda a sua história. No início da década de 40, Harvey ia visitar o irmão em Spokane, em Washington, quando viu Irma, que estava a viver no andar de baixo com a irmã. Ele não teve dúvidas e quis casar, mas ela hesitou porque queria terminar primeiro o secundário.
Em 1942, já casados, mudaram-se para Washington onde Harvey abriu uma barbearia. Tiveram três filhos e trataram de mais de 100 crianças, que acolhiam antes de os menores irem para lares de adoção.