Acusações mais graves contra o produtor caíram.
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O produtor norte-americano Harvey Weinstein foi, esta segunda-feira, considerado culpado das acusações de agressão sexual de uma mulher e violação em terceiro grau de uma outra por um júri. A decisão foi anunciada numa sala de audiências em Nova Iorque e o advogado do produtor já está a preparar o recurso.
Weinstein foi absolvido quanto às acusações mais graves: violação em primeiro grau e dois episódios de comportamento sexual predatório.
O júri, composto por sete homens e cinco mulheres considerou Weinstein culpado quanto aos crimes menos gravosos. Iliba, no entanto, o produtor de qualquer culpa nos casos mais agravados, que poderiam culminar na sua prisão perpétua.
Se for confirmada a condenação, a pena por ato sexual criminal em primeiro grau é entre cinco e 25 anos de prisão, enquanto o crime de violação em terceiro grau implica uma pena até cinco anos de prisão.
As acusações que o júri acabou por confirmar dizem respeito a duas mulheres: a ex-atriz Jessica Mann e a antiga assistente de produção Mimi Haleyi. A acusação nunca apresentou provas forenses ou testemunhos de terceiros, pedindo apenas ao júri que acreditasse nos testemunhos das mulheres que acusavam Weinstein.
Harvey Weinstein, 67 anos, está acusado de crimes ocorridos entre 2006 e 2013, e o julgamento teve início a 6 de janeiro, sendo considerado um momento histórico do movimento #Metoo de denúncias de abusos sexuais na indústria do entretenimento.
Weinstein, detido em maio de 2018, insistiu na inocência, alegando que todos os atos foram consentidos.