Hillary Clinton pede a FBI que detalhe mensagens que levaram a reabetura de investigação dos mails.
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A campanha da candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, pediu hoje ao diretor do FBI, James Comey, que revele "imediatamente" os detalhes do novos 'e-mails' que levaram a reabrir a investigação.
O chefe de campanha de Hillary Clinton, John Podesta, pediu a James Comey para publicar a informação, especialmente depois de ter encerrado o caso em julho, e quando faltam apenas uma semana e meia para as eleições de 08 de novembro.
"O diretor do FBI deve imediatamente tornar público a informação contida na carta que enviou a oito presidentes dos comités republicanos. É extraordinário que vejamos algo como isto a 11 dias das eleições presidenciais", sublinhou, em comunicado, John Podesta.
Segundo o jornal New York Times, os novos dados que levaram a reabertura da investigação foram recolhidos dos computadores de uma assistente de Hillary Clinton e do seu marido.
A polícia federal anunciou hoje que reabriu as investigações ao 'e-mail' da antiga secretária de Estado, depois de terem surgido novos dados "relacionados com o caso".
O jornal, que cita fontes oficiais não identificadas, refere que se trata de mensagens de texto enviadas a uma adolescente na Carolina do Sul por Anthony Weiner, marido de uma das principais assistentes de Hillary Clinton, Huma Abedin.
O jornal refere que os novos correios eletrónicos que motivaram a reabertura do processo foram descobertos pelo FBI, depois de ter analisado os computadores de Huma Abedin e do marido.
Donald Trump
Entretanto o candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, considerou hoje "um grande anúncio" a reabertura da investigação ao uso de um servidor de correio eletrónico privado pela adversária democrata, Hillary Clinton, dizendo esperar que "finalmente se faça justiça".
"É um grande anúncio. Talvez finalmente se faça justiça", afirmou Trump numa ação de campanha em Manchester, no estado de New Hampshire, sobre a investigação da polícia federal norte-americana (FBI) à conduta de Hillary enquanto secretária de Estado (2009-2013), entre os já habituais gritos dos seus apoiantes, que repetiam "Mete-a na Prisão!".
O magnata do imobiliário declarou-se "orgulhoso" por o FBI ter a "coragem" de reabrir a investigação e insistiu em que é importante evitar que Hillary Clinton "leve os seus artifícios criminosos para a Casa Branca".
"Dito isto, o resto do meu discurso vai ser muito aborrecido", gracejou Trump, depois de tomar conhecimento da notícia, num dia de agenda apertada em que irá a mais dois comícios, primeiro no Maine e a seguir no Iowa.