O advogado da ex-secretária de Estado e aspirante a candidata à Casa Branca, Hillary Clinton, forneceu à polícia federal norte-americana acesso ao servidor privado com os seus "emails", que são objeto de uma polémica sobre segurança.
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A controvérsia sobre os emails, instalada numa altura em que Hillary Clinton aspira à presidência dos EUA pelos democratas, tem por base o facto de mensagens de correio eletrónico terem sido enviadas ou recebidas através de um servidor privado e não de uma conta governamental durante os quatro anos em que foi chefe da diplomacia norte-americana, até 2013.
O FBI iniciou recentemente uma investigação sobre o assunto, tendo contactado com o advogado de Hillary Clinton e com uma empresa que tinha lidado com os servidores da ex-secretária de Estado.
"O advogado de Hillary Clinton forneceu ao FBI (acesso) ao servidor privado que continha os emails durante os quatro anos em que (ela) foi secretária de Estado", disse a equipa da sua campanha política, segundo o Washington Post.
Além de acesso ao servidor, "o seu advogado também deu aos agentes um cartão USB com cópias de milhares de emails que (Hillary) Clinton tinha anteriormente submetido ao Departamento de Estado".
"Ela espera que o Estado e outras agências envolvidas na análise do processo determinem o mais rapidamente possível quais os emails que podem ser tornados públicos, e que essa divulgação seja feita em tempo adequado e de forma transparente", disse Nick Merrill, o porta-voz da campanha de Hillary Clinton, à CBS News.
A correspondência eletrónica de Hillary Clinton tem sido motivo de discussão desde que ela admitiu, em março, que usou uma conta privada para toda a sua correspondência eletrónica enquanto secretária de Estado, entre 2009 e 2013.
Os rivais republicanos acusam Hillary Clinton - candidata oficial às primárias democráticas para as eleições presidenciais de 2016 -, de ter usado uma conta privada para manter a correspondência fora dos registos oficiais. Mas ela argumentou que no final de 2014 enviou 55 mil páginas impressas, correspondentes a 30 mil mensagens a agentes da administração que vão arquivar a informação e disponibilizá-la ao público, como requerido por lei.